Hoje temos o 11º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê um trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“Existem muitos espíritos diferentes na África, cada um deles tem um papel específico ou um característica específica, que pode nos ajudar. O Espírito da terra, por exemplo, é responsável por nossa identidade, nosso conforto, nossa alimentação e assim por diante."

E se pensarmos sobre identidade quanto diáspora?

Pensar na diferença do comportamento de uma pessoa negra africana e uma pessoa negra da diáspora brasileira é algo curioso. É possível perceber o jeito de andar, se cuidar e viver de maneira diferente. Pessoas africanas não andam de cabeça baixa, por exemplo.

Já nós de diáspora temos uma complexidade de "não saber onde foi enterrado nosso umbigo", nosso chão.

O Espírito da terra tem o poder de nos ajudar em tudo que tange identidade, então, como percebemos nosso comportamento e pertencimento a partir de nossa identidade?

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Essa é uma produção Ilê Axé Omó Nanã, com a participação de:

Captação e edição: Ifaṣeyi (Aline Rocha)

Produção: Ifagbemileke (Gleyce Bezerra) e Ifasewa (Flávia Alves)

Projeto gráfico e Produção: Juliana Vieira e Beré Magalhães

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Hoje temos o 10º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê um trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“Quer admitamos ou não existe uma dimensão espiritual em todos os relacionamentos, independente de sua origem. Duas pessoas unem-se porque o Espírito as quer juntas, assim é importante ver o relacionamento como algo movido pelo Espírito e não pelo indivíduo."

Quantas vezes você não cruzou com uma pessoa e, conversando em poucas horas, ela parecia sua melhor amiga de infância?

Entender que somos parte de todo e cada pessoa também é parte de nós nos faz entender que as conexões se fazem não atoa.

Na sociedade atual somos levados a desumanização extrema de, ou as pessoas tem um valor financeiro para nossas vidas ou as pessoas não prestam para nossa vida.

Ter contato com pessoas apenas por interesses secundários. Não existe mais o incentivo de conexões simplesmente por se conectar.

Por que intimidade tem que ser apenas quando se tem uma conexão romântica?

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Essa é uma produção Ilê Axé Omó Nanã, com a participação de:

Captação e edição: Ifaṣeyi (Aline Rocha)

Produção: Ifagbemileke (Gleyce Bezerra) e Ifasewa (Flávia Alves)

Projeto gráfico e Produção: Juliana Vieira e Beré Magalhães

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Hoje temos o 9º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê um trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“Às vezes acreditamos que a confusão que vivenciamos em nosso dia a dia acontece isoladamente, na verdade, haver com a falta de conexão com nossos ancestrais. A ideia de cura dos ancestrais pode ser de ajuda em um contexto como esse. Para o povo Dagara, o luto é uma forma de fazer uma ponte entre nós e nossos ancestrais. Um ritual de luto pode ajudar a pessoa a soltar a raiva e a tristeza com a morte de um parente e levar seu espírito a terra dos ancestrais, onde poderá ser útil para nós. Alimentando nossos ancestrais regularmente podemos renovar nossos laços em eles. "

A partir da cultura ocidental nós não somos educados a lidar com a morte e fomos condicionados a ter medo dos mortos.

Não podemos falar sobre a morte, sem falar sobre a vida, que são duas coisas imutáveis. Todo mundo vai embora um dia e como pensamos sobre isso? Por que não se preparar para a morte? Pensar no legado, nas memórias que ficam.

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Essa é uma produção Ilê Axé Omó Nanã, com a participação de:

Captação e edição: Ifaṣeyi (Aline Rocha)

Produção: Ifagbemileke (Gleyce Bezerra) e Ifasewa (Flávia Alves)

Projeto gráfico e Produção: Juliana Vieira e Beré Magalhães

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Hoje temos o 8º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê um trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“A intimidade, em termos gerais, é uma canção do espírito, que convida duas pessoas a compartilharem o seu espírito. É uma canção que ninguém pode resistir. Acordados ou dormindo. Em comunidade ou sozinhos. Ouvimos a canção. Não conseguimos ignorá-la.", p. 25

Um trecho que descreve basicamente o contrário do que vivemos atualmente. Só consideramos que somos amados quando agimos como se nossas relações fossem posses.

Quando se coloca o outro como sua propriedade, você desumaniza essa pessoa.

Como construir relações de intimidade? Como humanizar as pessoas a minha volta?

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Essa é uma produção Ilê Axé Omó Nanã, com a participação de:

Captação e edição: Ifaṣeyi (Aline Rocha)

Produção: Ifagbemileke (Gleyce Bezerra) e Ifasewa (Flávia Alves)

Projeto gráfico e Produção: Juliana Vieira e Beré Magalhães

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E no 7º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê um trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“Esse conceito de grande família realmente ajuda muito. Lembro-me de quando era criança, podia escolher um pai diferente todos os dias, dependendo do meu humor. Assim, se eu quisesse que um dos meus tios fosse meu pai naquele dia concentrava toda minha intenção naquela pessoa e ignorava as outras e ninguém tomava isso como uma ofensa pessoal. Antes consideravam isso como uma oportunidade para eu decidir o que eu queria. Essa prática também permite que um grande número de pessoas da aldeia conheça a criança e veja o seu espírito.", p. 24

Você já parou para pensar sobre como funciona a relação da sociedade com as crianças? Nas comunidades africanas, a criança é considerada como pilar central.

Pensar que elas não são nossa propriedade, validar seus pensamentos, vontades e opiniões é fundamental para que seu desenvolvimento e o de toda a comunidade flua de maneira saudável e respeitosa.

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Neste 6º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê um trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“Na vida tribal a pessoa é forçada a diminuir de ritmo, a vivenciar o momento e a comungar com a terra e com a natureza. Paciência é essencial. Ninguém na aldeia parece compreender o sentido da pressa.", p. 21

Você já parou para pensar no ritmo de vida que vivemos para termos o básico? E somo obrigades a nos organizar para suprir nossas necessidades como nos alimentar, hidratar e etc.

Gastamos uma energia intensa trabalhando para suprir nossas necessidades, que não nos sobre tempo para cuidar pessoalmente de nosso corpo/mente/espírito, além de faltar tempo para estar com nossa família e comunidade.

Qualquer tipo de relacionamento precisa ser cuidado, alimentado, mas, na realidade acelerada que vivemos esse tempo de qualidade é impactado diretamente.

Como mudar essa realidade?

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Neste 5º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê o trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“O elemento Terra é responsável pelo nosso sentido de identidade, nosso pé no chão. Nossa habilidade de apoiar e nutrir uns aos outros.” Água é paz, concentração, sabedoria e reconciliação, enquanto mineral, ajuda a lembrar de nossos propósitos e nos dá os meios para nos comunicar e compreender o que os outros estão dizendo. Fogo relaciona-se com sonhar, manter nossa conexão com o ser e os ancestrais e manter nossa visão viva. Natureza nos ajuda a ser nosso verdadeiro ser, a passar por importantes mudanças e situações que ameaçam a vida. Traz mágica e riso.", p. 23

O quanto nosso contexto de vida nos distancia da nossa natureza? De nos relacionar com o meio? Já pensou sobre isso?

Não dá para deixarmos de encarar a condição do Planeta Terra, principalmente enquanto pessoas negras de terreiro. O afastamento nos levou a todo tipo de degradação, seja natural, ancestral e espiritual.

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade, de Sobunfu Somé?

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Neste 4º episódio da 3ª temporada do podcast É de Nanã, Iyá Adriana de Nanã lê o trecho do livro "O Espírito da Intimidade", de Sobunfu Somé a seguir:

“Na África, pelo menos nas aldeias Dagara, as construções servem principalmente para dormir, para rituais e para armazenar alimentos. A vida da aldeia, de fato, dá-se do lado de fora. Não temos um lugar especial para trocar fraldas, por exemplo. Tudo acontece ao ar livre. Tomamos banho no rio e nos vestimos ao ar livre.”, p. 21

E se o corpo de cada pessoa fosse naturalizado? Tratado como algo do cotidiano, sem hipersexualização, sem demonização? E se pudéssemos nos ver como pertencentes da natureza como um todo?

A partir dessa demonização do corpo, do sexo e das relações sexuais, se degenera as relações afetivas.

E aí, vamos ler juntes O Espírito da Intimidade?

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