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Na Terra dos Cacos

Na Terra dos Cacos

Von: PÚBLICO
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Über diesen Titel

Como dizia Eduardo White, os países africanos são hoje cacos dos sonhos que partiram ontem. António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, como colá-los.

Politik & Regierungen
  • “O que está mal em Angola e Moçambique é a cultura política”
    Oct 15 2025

    Neste novo episódio de Na Terra dos Cacos, o podcast do PÚBLICO sobre temas africanos, a conversa gira em torno do arranque da corrida eleitoral à liderança do principal partido opositor em Angola, que deverá levar à reeleição de Adalberto Costa Júnior como presidente do partido. O líder do Galo Negro apresentou o seu manifesto de candidatura e uma lista de 240 figuras importantes do partido que apoiam a sua reeleição.

    Oportunidade para Elísio Macamo falar do trabalho da UNITA e do seu líder na oposição ao Governo de João Lourenço, capaz de transmitir aos eleitores a ideia de que “a mudança a favor da UNITA será da serenidade e não do caos”. Algo importante tendo em conta que tanto em Angola, como em Moçambique, aquilo que “está mal é a cultura política”.

    Também conversamos sobre o papel desempenhado pela Turquia em África, onde o país já se tornou um interlocutor importante, isto porque amanhã, quinta-feira, 16 de Outubro, começa em Istambul mais uma edição do Fórum Económico e Empresarial Turquia-África, que já vai na sua quinta edição.

    Na segunda parte, o nosso entrevistado desta semana é o moçambicano Stewart Sukuma, um cantor com uma carreira de mais de 40 anos que esta sexta-feira, dia 17, dá um concerto no Coconuts, em Maputo, acompanhado da Banda Nkhuvu e tendo como convidado outro cantor moçambicano de longa carreira, Aniano Tamele.

    Uma oportunidade para falar de uma carreira que se construiu paralelamente à construção de Moçambique enquanto país, que este ano comemorou 50 anos de independência, e que sempre se pautou por um apelo a uma paz efectiva que permita aos moçambicanos usufruir dos seus vastos recursos e diversidade cultural. Há pelo meio um elogio ao silêncio como “o som dos deuses”.

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    48 Min.
  • “Hoje, já não acredito que a verdade vem sempre ao de cima”
    Oct 1 2025

    João Paulo Borges Coelho tem novo livro, mais um voo rasante sobre a história de Moçambique, tendo como protagonista um moçambicano que sabia ler e escrever num tempo em que muitos dos brancos que iam da metrópole eram analfabetos. José Fernandes Jr., o personagem central de Narração Nocturna, editado pela Caminho, é encarregado pelos denominados Chefes Grandes de escrever a história da Chiúta, distrito na província de Tete.

    Sendo “Moçambique um país, como no resto de África, em que se nasce muito e se morre muito e muito cedo, a memória social ou colectiva é muito frágil”, o escritor moçambicano insiste em “remar contra a maré”, mas confessa que se “antes acreditava que a verdade acaba sempre por vir ao de cima: hoje já não acredito nisso”.

    E embora esteja em paz com a ideia de que “a evolução é uma espécie de entropia, perdem-se coisas para se ganhar novas coisas”, a ele cabe-lhe “esta luta” de “levantar coisas” que lhe parecem importantes e que acha “importante que sejam relembradas”.

    Antes da entrevista, na primeira parte, António Rodrigues e Elísio Macamo voltam ao tema da Guiné-Bissau, depois de na semana passada o Supremo Tribunal ter dado mais um golpe na estrutura carcomida da democracia, atacada por todos os lados pelos caprichos do Presidente Umaro Sissoco Embaló, cujo mandato terminou a 27 de Fevereiro, mas que se mantém no poder por sua livre e espontânea vontade.

    Desta vez, a maioria dos juízes recusou apreciar a candidatura da coligação PAI-Terra Ranka, que ganhou com maioria as eleições de Junho de 2023, porque a mesma teria sido entregue fora de prazo, apesar de na justificação o tribunal referir que o prazo acabava a 25 de Setembro e a candidatura entrara no dia 19.

    Também conversam sobre o anúncio da próxima cimeira África-França, que se realizará em Maio de 2026, pela primeira vez num país cuja língua oficial não é o francês. A cimeira tem por título Africa Forward, porque não só aponta para o futuro como está em inglês. Apesar de os franceses continuarem a olhar para si como herdeiros de um império que deixou a sua língua como língua oficial de cerca de 30 países, há muito que o francês deixou de ser língua franca, substituído pelo inglês. E até Paris o reconhece.

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    53 Min.
  • O silêncio ensurdecedor de Portugal (e da CPLP) sobre o autoritarismo na Guiné-Bissau
    Sep 17 2025

    A quase dois meses das eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau tudo são dúvidas e entre as poucas certezas está a de que Umaro Sissoco Embaló transformou o seu mandato na presidência num exercício de autoritarismo, de interpretação ad hoc da Constituição, inclusive dos limites temporais do seu mandato: deviam ter sido cinco anos, deviam ter terminado a 27 de Fevereiro, mas seguem e seguirão até ao próximo ano, garantindo ao Presidente da Guiné-Bissau um mandato de seis anos que ele próprio instituiu para si.

    Perante este cenário de deriva autoritária de Embaló, de instrumentalização dos poderes judiciais e legislativos, de perseguição a políticos opositores e activistas, sujeitos a violência física, acusações judiciais e repressão dos seus direitos, de silenciamento da imprensa independente (levando até ao encerramento das delegações da RTP, RDP e Agência Lusa e à expulsão dos seus jornalistas do país), estranha-se o silêncio de Portugal (e da CPLP, de que a Guiné-Bissau tem a presidência nesta altura), que tantos elogios teve para Embaló (Marcelo Rebelo de Sousa até lhe deu uma das mais importantes condecorações portuguesas).

    Além da situação guineense, neste episódio também conversamos sobre o Sudão do Sul e de como a detenção e as acusações contra o vice-presidente Riek Macharcolocam o país mais jovem do mundo à beira de uma nova guerra civil entre os apoiantes do Presidente Salva Kiir e os de Machar (que estiveram em guerra entre 2013 e 2018).

    Na segunda parte, o sociólogo João Feijó, investigador do Observatório do Meio Rural e arguto observador da realidade política moçambicana, conversa connosco sobre o diálogo intrapartidário em Moçambique, a inclusão ou não do recém-formado partido de Venâncio Mondlane nesse diálogo e os prós e contras dessa inclusão. Uma conversa em que se fala também da aproximação de Mondlane ao partido Chega em Portugal e a essa internacional de extrema-direita que tem Donald Trump como referência.

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    48 Min.
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